Há alguns meses, este que vos escreve arriscou-se, em meio a seus atrevimentos poéticos, a escrever um soneto. Na postagem de hoje, o Diário de um salafrário resolveu contar uma nova história neste formato de poema.
Nova ousadia deste que vos escreve e que não toma jeito. Agora, trazendo uma história para contar em dois quartetos e dois tercetos.
Abraços a todos,
Vinícius Faustini
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Doía mesmo era o silêncio
As palavras fugiam a cada reencontro
Frieza sentida com assombro
E receio de dizer o fim ou de cogitar um prenúncio
Em seus rostos, expressões de indiferença
No café da manhã, gotas de descrença
Amargura em pedaços na hora do almoço
No jantar, um marasmo a cada dia mais insosso
A uma mulher barata, numa fraqueza ele se entrega
Grava em vídeo os dois no cenário de motel e ao som de música brega
E ao voltar para casa, mostra à companheira a lamúria que tanto carrega
Sórdidos, sádicos, sôfregos, por um ranço de desejo se sentem tentados
Sabem que a perversão não conseguiu deixá-los novamente apaixonados
Se aceitam com ardor porque sabem que um ao outro estão condenados
Trilha sonora, um dos textos do livro DIÁRIO DE UM SALAFRÁRIO, na voz de Eliane Gonzaga.
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3 comentários:
Olá Vinicius!
Dois quartetos e dois tercetos muito bons!
Continue, tá?
Parabéns!
Beijos,
Carmen Augusta
Rapaz, muito legal !
Ri com o verso "Grava em vídeo os dois no cenário de motel e ao som de música brega"... kkkkkkkkk Ficou bem criativo.
Parabéns, continue se atrevendo nesse sentido.
James Lima
www.robertocarlosbraga.com.br
Como sempre...Arrasou!
Beijos azuisss
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