Após uma semana de silêncio, segue um atrevimento poético inédito. Continuo na minha busca incessante de enxergar a alma feminino. Sei que é uma trajetória incerta, mas não custa tentar. Elas merecem.
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Diz que me ama
É o que meu coração clama
E dia após dia se inflama
Fico ansiosa, ardorosa por sua chama
Diz que me ama
E eu me derreto num sussurro
Toda minha insegurança eu esmurro
Fico acarinhada pelo amor que você proclama
Diz que me ama
Assim, o meu coração dispara
Pula, até que em seu peito se ampara
E se aquieta, aconchegado em sua cama
Peço “diz que me ama”
Você responde que gosta de outra
Em uma atitude tão neutra
Que dói meu amor-próprio de dama
Imploro “diz que me ama”
Você vira as costas sem me ouvir
Meus olhos te acompanham sair
Indiferente ao apelo que meu afeto declama
Diz que me ama
E foi embora na primeira oportunidade
De recordação, deixou a saudade
Da flor do bem-me-quer, não sobrou nenhuma rama
Diz que me ama
É meu pedido de boa-noite
Mas seu silêncio dói feito açoite
Anoiteço, dolorosa, em meu choro de melodrama
Trilha sonora, um dos textos do livro DIÁRIO DE UM SALAFRÁRIO, na voz de Eliane Gonzaga.
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
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Um comentário:
Olá Vini!
Notei a sua falta aqui...
Voltou com um lindo atrevimento!
Continue, um dia vai deixar de dizer que é atrevimento.
Parabéns!
Beijos,
Carmen Augusta
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